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17/05/2010 18:47 | ||
Portos brasileiros precisam de mais recursos Comunicado do Ipea nº 48 avalia investimentos de médio e longo prazos e o impacto do setor portuário sobre a economia
As obras portuárias incluídas nos Programas de Aceleração do Crescimento (PAC) 1 e 2 do Governo Federal são insuficientes para a melhoria dos portos brasileiros. Estudo do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) divulgado nesta segunda-feira, dia 17, em Brasília, prevê que seriam necessários investimentos de R$ 42 bilhões para 265 obras importantes. Os PACs 1 e 2 representam um total de R$ 15 bilhões investidos. "A solução é aumentar investimentos e executá-los de acordo com um cronograma determinado", recomendou o coordenador de Desenvolvimento Urbano da Diretoria de Estudos e Políticas Regionais, Urbanas e Ambientais (Dirur) do Instituto, Bolívar Pêgo. O documento, apresentado como Comunicado do Ipea nº 48 e intitulado Portos Brasileiros: Diagnóstico, Políticas e Perspectivas, aponta os impactos do setor portuário sobre a economia e analisa a formulação e implantação de planos estratégicos do governo para o setor. A análise da demanda reprimida por infraestrutura portuária utilizou o Mapeamento Ipea de Obras Portuárias. Há projeções de expansão do investimento. Segundo o coordenador de Infraestrutura Econômica da Dirur, Carlos Campos, o Porto de Santos, no estado de São Paulo, tende a continuar sendo o maior porto brasileiro e trabalhar com o conceito de porto concentrador, onde os grandes navios vão atracar e o resto da carga será distribuída para navios menores por meio de um sistema de cabotagem. “Esse projeto de ampliação pode dobrar a capacidade do porto de Santos”, ressaltou Campos. Ainda de acordo com o coordenador de Infraestrutura Econômica, outra perspectiva positiva que se apresenta para o País é a experiência do Porto de Suape, em Pernambuco. “É um porto que trabalha com o conceito de porto indústria. Além de toda a estrutura portuária, temos investimentos da Petrobras em refinaria, temos investimentos em petroquímica, temos o maior estaleiro do Brasil, que acabou de lançar um navio. São investimentos que representam um fato novo na estrutura dos portos no País”, afirmou. O problema de dragagem, indicado no estudo como sendo grave e geral aos portos brasileiros, já começou a ser solucionado, segundo Campos. Ele explicou que o plano nacional de dragagem teve uma dificuldade de ser colocado em prática porque foi concebido com um conceito novo, de licitações internacionais. Mas agora, com bastante atraso, os contratos estão sendo assinados. “Entre o final de 2010 e 2011 já teremos os primeiros resultados e se espera que o Brasil tenha um ganho de 30% com dragagem”, observou. A apresentação foi feita às 10h, no auditório do Ipea em Brasília (SBS, Quadra 1, Bloco J, Edifício BNDES, subsolo), com a presença do diretor de Estudos e Políticas Setoriais, de Inovação, Regulação e Infraestrutura, Marcio Wohlers; e da diretora de Estudos e Políticas Regionais, Urbanas e Ambientais, Liana Carleial. A entrevista coletiva foi transmitida pelos sites www.ipea.gov.br e www.ipea.gov.br, com participação on-line de jornalistas. Dentro da série, ainda serão divulgados comunicados sobre ferrovias, setor elétrico, transporte aéreo, rodovias, biocombustíveis, telecomunicações, petróleo e gás e experiências latino-americanas. Leia a íntegra do Comunicado do Ipea nº 48 Próximos comunicados da série Eixos do Desenvolvimento Nacional: 19/5 - Transporte ferroviário de cargas no Brasil: gargalos e perspectivas para o desenvolvimento econômico e regional (Brasília-DF) 20/5 - Setor elétrico: desafios e oportunidades (São Paulo-SP) |
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